quarta-feira, 3 de novembro de 2010

angústia feminina: a hora da depilação ♥


48 horas pode simplesmente não ser tempo o suficiente para a preparação psicológica necessária para aguentar o que está por vir. Trata-se daquele momento triste e depressivo que para muitas ocorre pelo menos de 15 em 15 dias, ou para outras até que a reserva florestal se forme por completo.

De repente: macaca Chita feelings! A situação se tornou insustentável, não dá mais para protelar, é preciso pagar o preço agora. Lá vai você, escolhendo a melhor calcinha para encontrar o carrasco – sua depiladora.

Lá vem Fulana feliz e sorridente com a espátula e a cera pegando fogo quente nas mãos. “Fique a vontade”, diz ela. Como se fosse possível relaxar tendo que se colocar nas posições mais constrangedoras que o próprio Kama Sutra.

Tentativas de enrolar com conversa, saber da semana, conhecer mais da vida uma da outra, criar qualquer tipo de vínculo para acompanhar a intimidade quase forçada.

E então: “vou puxar, hein?”, “não! Espera um pouco, pára aí! Pra que a pressa? Tá, vai, puxa logo”.

Acredito que para cada encontro as sensações são diferentes, mas sempre traumáticas. A primeira e você grita: “MALDITA AMIGA, pra que isso? Quer ficar de souvenir avisa que eu embrulho para presente”.

Depois a situação não melhora, mas enquanto você pensa o motivo de se submeter a isso, a conformidade vai brotando. Mentira, você xinga (mentalmente) até a última geração da pobre moça, que no final das contas não faz mais que seu trabalho. E que trabalho – para poucas!

Hora do “pronto”. Alívio absoluto e “te vejo em algumas semanas (ou meses)”. O pânico inicial acaba sendo compensado pelo resultado, como muitas coisas na rotina feminina. Melhor isso do que desfilar DAQUELE jeito ou pior – ter as canelas chamadas de Rapunzel da laje pelo excesso de blondor acompanhando a moda das cavernas. 

Para fazer bonito no quarto, usar aquele biquíni em busca de um dia de sol ou simplesmente se sentir bem consigo mesma, mulher sofre, paga o preço na pele e no cartão de crédito.

xoxo,

5 comentários:

  1. Camila,

    você conseguiu retratar exatamente a sensação que eu tenho mensalmente.

    Pensamento de antes: vai doer, mas compensa!
    Pensamento durante: PQP, que dor absurda! Mas vai ficar lindo!
    Pensamento de depois: aim, aim, ufa! Mês que vem tem mais.

    Solução? Nascer de novo!

    Lindo o blog, meninas.

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  2. Tereza Teófilo

    Tática infalível. Depois do cumprimento do tipo "olá", "bem-vinda", "quanto tempo", propagados pelas carrascas das esteticistas, pega aquele travesseiro que elas deixam na maca e põe na cara e aí amigas morde com vontade e aperta ele na cara assim que vc perceber que ela vai puxar aquele troço. A dor minimiza com certeza. Coisa de louco isso né, mas funciona. Testa lá.!!!

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  3. Como tática psicológica, eu resolvi ir a minha depilacao assim q os cabelinhos começam a aparecer... Porque eles estao ainda fininhos acabo achando que não dói tanto. Vou mentalizando. Mas a experiência aqui nos EUA é a mesma. Cera dói em qualquer lugar! E as possições constrangedoras são as mesmas!

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  4. Manaaaa... não tem tortura maior que tirar o tal do buço!
    Muita força na peruca!

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  5. é verdade, não dá pra relaxar sabendo que seus pelinhos estão sendo arrancados pouco a pouco :~

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